Homesick

Tenho lutado muito para conseguir estabilidade e equilíbrio na minha vida profissional e financeira. Considero o resultado positivo, embora não na velocidade desejada. Estou aprendendo muito, conheci pessoas maravilhosas e em dois anos e meio nos Estados Unidos tive a oportunidade de trabalhar em duas empresas internacionalmente conhecidas. O inglês esta melhorando lentamente, ainda tropeço no uso das preposições: "on, in, at", na conjugação dos verbos no passado e me atrapalho na pronuncia e algumas palavras como por exemplo "World". No dia a dia levo na esportiva, mas no mundo corporativo ninguém está de brincadeira e ai o constante aperfeiçoamento é primordial e pode ser estressante.
Procuro manter o nível espiritual elevado, pensamento positivo, agradeço muito por todas as conquistas, pela saude, pela familia, etc, mas no final do dia eu gostaria de tomar um cafezinho com a minha mãe, de preferência todos os dias, mas de acordo com a minha escolha de viver tão distante, me tranquilizaria se eu pudesse visitar meu santuário a cada 6 meses, lá se vão 2 anos e meio.
No começo da semana estávamos no aeroporto de Portland, minha filha embarcou para o Brasil, sozinha, vai passar o restante das férias com a família. Ela é ótima, foi tranquila e muito feliz. No dia seguinte me mandou email: cheguei, estou bem, te amo muito. A mensagem dela aliviou a ansiedade de ter minha filha literalmente no ar por horas, mas passei a semana toda remoendo no peito a sensação  devastadora de impotência, eu não posso ir, não agora, ainda não.
Durante a semana me dediquei ao trabalho, ocupei meu tempo, mas hoje é sábado e o final de semana promete ser dolorido. Minha mente e coração em sincronia tentam me transportar, sem sucesso, para a Chácara Coração de Mãe, resultando em soluços e lagrimas.
Não é da minha natureza me deixar abater ou deprimir,  sei que eu vou encontrar uma solução baseado no famoso dizer "querer é poder", mas neste momento, me permitam compartilhar minha dor.

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