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Meu Herói

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Depois de 6 anos vivendo em Portland aprendi a gostar do inverno e da chuva. No entanto, ainda estou me adaptando a cultura americana. Embora seja o sonho de muitos, nunca foi um dos meus. Gosto de viver aqui, mas a saudade é muito dolorida. Sinto no peito um peso culposo de estar tão longe das pessoas que amo, das pessoas que me conhecem e me entendem. Em dias especias esse peso é redobrado. Segundo domingo de Agosto, dias dos pais. Nenhuma palavra bonita vai substituir o abraço que deveria e gostaria te dar no meu pai. Escrevo mesmo assim. Meu pai e um ser humano maravilhoso, homem determinado, inteligente e cheio de vida. Sempre foi um modelo pra mim, meu herói, meu porto seguro. Nos momentos difícies, me lembro de suas palavras e sua benção. Rio das piadas e do jeito despojado e direto. Tão confiante de si mesmo, forte e autêntico. Gosto quando dizem que me pareço com ele. (mesmo sabendo que se referem a teimosia). Meu pai e minha querida mãe nos criaram com esmero. Nosso be

Aventura na Ilha Comprida

Morar no interior tem muitas vantagens, mais tem um problema sério: é longe da praia, e praia, todo brasileiro tem que conhecer. Minha cidade fica a uns 250 km da costa  e o pessoal do Santuário nos anos 80 ainda não tinha explorado o caminho do mar, até que o saudoso Joaquim Português chegou no bairro.  Ele veio da grande São Paulo pra morar numa chácara do lado da minha casa com sua esposa Margarida e os filhos Irineu, Marcelo e Ricardo. Família maravilhosa, amigos para sempre.  Logo o Joaquim tratou de organizar uma excursão para Santos, essa foi a primeira vez que minha família viu e se maravilhou com o mar. Não me lembro bem desta viagem, eu era muito pequena. E também não sei ao certo quantas excursões se seguiram depois dessa, mas me lembro da primeira vez na Ilha Comprida. Alugamos uma casa de um amigo do Tio Ditinho, lotamos um ônibus e levamos todo o suprimento necessário para a estadia. Alimentação básica: arroz, feijão, macarrão, massa de tomate, óleo, carne,

Homesick

Tenho lutado muito para conseguir estabilidade e equilíbrio na minha vida profissional e financeira. Considero o resultado positivo, embora não na velocidade desejada. Estou aprendendo muito, conheci pessoas maravilhosas e em dois anos e meio nos Estados Unidos tive a oportunidade de trabalhar em duas empresas internacionalmente conhecidas. O inglês esta melhorando lentamente, ainda tropeço no uso das preposições: "on, in, at", na conjugação dos verbos no passado e me atrapalho na pronuncia e algumas palavras como por exemplo "World". No dia a dia levo na esportiva, mas no mundo corporativo ninguém está de brincadeira e ai o constante aperfeiçoamento é primordial e pode ser estressante. Procuro manter o nível espiritual elevado, pensamento positivo, agradeço muito por todas as conquistas, pela saude, pela familia, etc, mas no final do dia eu gostaria de tomar um cafezinho com a minha mãe, de preferência todos os dias, mas de acordo com a minha escolha de viver

A Bênção...

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Com o passar do tempo, nós vamos aprendendo a entender o significado  das pequenas, mas poderosas coisas que  nos ensinam os nossos familiares, nossa comunidade e a sociedade de  modo geral. E aprendemos também a dar valor a alguns costumes que sem perceber fortalecem nobres valores e estreitam laços.  Minha  família, assim como muitas, tem o costume de "pedir a bênção". A criança aprende a juntar as mãozinhas e estende-las na direção dos mais velhos: pais, avós, tias e tios, que com ternura  tocam as mãos da criança e dizem: Deus te abençoe. Assim como bater  palmas, mandar beijinho e acenar, o gesto da bênção enche os  adultos de admiração e orgulho da  pequena criatura, que tão graciosamente vai nos copiando. A gente cresce, e  passa apenas  a pedir a bênção sem prestar muita atenção no gesto das mãos: _ A bênção mãe. _ Deus te  abençoe.  As palavras vêem automaticamente, por força do habito, e desta forma recebemos e  damos a bênção sem prestar muita atenção no que isso s

Parabéns aos homens da casa!

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Teve festa de novo na Chácara Coração de Mãe, começo de Novembro tem aniversário em dose dupla, é o mês dos homens da  família, meu pai e meu  irmão, e pra melhorar dois grandes amigos, o Toninho e o Albino, todo ano se juntam pra comemorar.  Tenho certeza que  a comida estava boa e a  conversa melhor ainda. Sinto muita falta deste povo e gostaria de poder estar lá  pra comemorar  os aniversários e  as novidades, o Toninho vai ser pai  de novo, parabéns!  O Reginaldo está terminando a  faculdade, parabéns! A Cris vai  fazer arquitetura, parabéns! Parabéns aos aniversariantes! Muitos anos de vida! Ao meu irmão um abraço carinhoso; se cuida baixinho e continue  forte e auto confiante, dê muitos abraços e beijos nessa família linda que nós temos.  Ao meu pai um abraço forte e cheio de admiração. Parabéns pelos  61 anos! Eu te amo muito 

Primeiro Outono

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Cheguei  aqui na primavera e vi a natureza brotando do nada, árvores imensas com minúsculas folhinhas verde claro, flores fazendo festa em  todo canto. Dia após dia, os parques foram ganhando volume, no alto as folhas cresceram rápido e mudaram o verde de tom, no chão os canteiros ganharam cores, vivas cores das tulipas, verdadeiras obras  de arte, e um conjunto harmonioso de tantas outras flores que não sei o nome, as tulipas se vão e as rosas vêm. Portland é a cidade das rosas e não é difícil entender porque, abriga um jardim com mais de 500 variedades delas, de cores e perfumes diferentes.  Durante verão elas estão em toda parte, praças, parques, prédios públicos e privados e nas calçadas e jardins. No verão é tudo muito verde, colorido e vivo, de longe a floresta é um grande  mosaico de  verdes e formas diferentes. Estamos no outono, e as folhas que vi brotar num verde claro, quase florescente, agora pintam as ruas, os parques e a floresta de amarelo, rosa, laranja e 

Nossa Casa Comum

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Há décadas começamos a ouvir um burburinho diferente e  preocupante no meio do mato, as  vezes  gritos assustadores. Uns malucos foram investigar e voltaram desesperados ao se  deparar com a sujeira e a destruição que o progresso da cidade estava deixando no campo, encontraram rios  poluídos, animais mortos, florestas devastadas e lixo, concluíram que o plano de crescimento econômico e geração de riqueza experimentados  e aprovados  na revolução industrial  estava errado e começaram a  espalhar o  pânico, se  organizaram, fizeram protestos, tentaram avisar, em 1972, na Conferência das Nações Unidas em Estocolmo defenderam o "Crescimento Zero", porque acreditavam que a exploração dos recursos naturais naquele ritmo era insustentável  e  o planeta não suportaria. Foram ignorados, mas não pararam de  lutar e progrediram, os  pactos, consensos, tratados e protocolos assinados durante esses anos representam uma grande  conquista. Hoje os gritos de protestos foram substituídos por